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01/09/2012


Boletim de Desenvolvimento Local Sustentável

Boletim informativo #91

de setembro de 2012

Sumário

Desenvolvimento Econômico Comunitário (DÉC) no Canadá

Mensagem da equipe editorial

A pedido da seção Índia de COMMACT, Yvon apresenta resumidamente a Rede canadense de desenvolvimento econômico comunitário (RCDÉc), bem como uma ideia das atividades internacionais da rede. Participando das atividades internacionais da rede desde 2002, e Presidente do Comitê internacional da rede desde 2007, Yvon testemunha de uma parte de suas ações, em especial na Ásia.

O artigo foi inicialmente publicado no dia 15 de agosto no boletim de informação de COMMACT na Índia. Ele está na continuidade dos intercâmbios realizados durante o encontro de Kochi, em março de 2012 (ver número 87).

O desenvolvimento econômico comunitário (DÉC) apareceu na América do Norte antes do conceito de economia social e solidária (ÉSS). As semelhanças são grandes, com, todavia, uma nuance significativa. O conceito decomunidade, tal como é utilizado na América do Norte e na Ásia, implica mais nítidamente que a comunidade toma em mãos o processo quando o ÉSS valoriza mais a iniciativa coletiva.

Publicamos nosso boletim desde 2003. Uma das razões importantes pela qual o fazemos é exatamente de testemunhar destas diversas abordagens que colocam as necessidades humanas e aquelas do planeta no cerne de suas preocupações quotidianas, embora sejam muitas vezes nomeadas de outra forma, por causa dos contextos ou da história.

Judith Hitchman

Yvon Poirier

Martine Theveniaut

Desenvolvimento Econômico Comunitário (DÉC) no Canadá

 
 
 

 
 
Por Yvon Poirier

Presidente do Comitê internacional do RCDÉC

 

Na Índia, e na maioria dos países do mundo, muitas comunidades enfrentam desafios sociais e econômicos. Em muitos casos, estes desafios aumentaram consideravelmente durante as últimas décadas. As distâncias aumentam entre países ricos e pobres, e dentro dos próprios países. Tornou-se um fenômeno mundial. Em todos os países, as populações se organizam para sobreviver e melhorar seus níveis de vida: por meio das abordagens tais como organizações comunitárias, empresas de propriedade coletiva como as cooperativas e outras iniciativas semelhantes. Na maioria dos países, estas organizações trabalham em rede a fim de melhorar seu trabalho e pleiteiar para melhores políticas e programas.

Um pouco em toda parte na América do Norte, e isto desde uns trinta anos, iniciativas emergiram a fim de revitalizar as regiões urbanas com forte concentração de pobreza, a fim de favorecer o empoderamento das Primeiras nações (aborígenes), ou para preservar as aldeias e as pequenas cidades da desvitalização. 

 

No Canadá, as pessoas envolvidas neste trabalho sentiram progressivamente a necessidade de se reunir a fim de partilhar seus conhecimentos, e de fazer uma advocacia comum em favor de melhores políticas e programas, tanto no nível dos governos locais, provinciais como no nível federal. Isto levou à criação da Rede canadense de desenvolvimento econômico em 1999. Os enunciados da visão e da missão demostram claramente a razão de ser da organização. 

 

Visão

A Rede canadense de desenvolvimento econômico comunitários acredita em coletivas viáveis e inclusivas que assumem seu próprio desenvolvimento social, econômico e ambiental.

 

Missão:

Dirigido pelos seus membros, a Rede canadense de desenvolvimento econômico comunitário se compromete a reforçar as coletividades pela criação de oportunidades econômicas visando a melhoria das condições sociais e ambientais. Ele reúne as pessoas e os organismos com a preocupação de incentivar a partilha dos conhecimentos e edificar uma voz coletiva de apoio ao DÉC. Seus membros fazem parte de um movimento que, frente aos problemas locais e mundiais, elabora soluções construídas sobre as coletividades.

 

Internacional

 

Desde sua criação, o RCDÉC reconheceu a importância de incluir uma perspectiva internacional em seu trabalho. Reconhecemos que as coletividades são atingidas por aquilo que acontece no cenário mundial. A deslocalização da fabricação em outros países com baixos salários, as crises econômicas de diferentes tipos (como aquelas que vivemos atualmente) afetam, sobretudo negativamente, numerosas economias. O estilo atual da globalização, dita neoliberal, mostrou claramente seus limites para abolir a pobreza ou para assegurar os meios de subsitência sustentáveis para todos. Pior ainda, as tendências atuais aceleram o aquecimento global que faz estragos em muitos lugares.

 

É por isso que o RCDÉC cria laços com numerosas redes e organizações. Em especial, o RCDÉC esteve ativamente envolvido na Rede intercontinental para a promoção da Economia Social e Solidária (RIPESS) desde 2002. O RCDÉC desenvolveu igualmente relações com COMMACT desde a conferência de Liverpool em 2004. Além de minha ação como presidente do Comitê internacional do RCDÉC, dediquei muitos esforços a fim de construir laços na Ásia para a promoção de um desenvolvimento focalizado sobre as necessidades das pessoas. Isto foi feito após ter constatado que o movimento de economia social e solidária, em desenvolvivmento rápido na América latina e nos países francôfonos, era praticamente desconhecido em outras partes do mundo, e em especial, na Ásia.

 

As atividades de sensibilização realizadas para tanto certamente contribuíram um pouco. Assim, em 2005, havia somente alguns participantes provenientes da Ásia quando da reunião do RIPESS que aconteceu em Dacar (Senegal). Oito anos mais adiante, em 2013, a reunião do RIPESS acontercerá na Ásia (Manila, em outubro do próximo ano). 

 

São etapas importantes. Mas, tendo em conta os desafios que temos que enfrentar, devemos continuar, dia após dia, a construir a uma economia que coloca o homem no centro, da comunidade local à comunidade mundial. Não outro caminho.

 

RCDÉC http://www.ccednet-rcdec.ca

RIPESS http://www.ripess.org

COMMACT http://commact.com/home

A respeito do boletim

Este boletim é publicado em francês, em inglês, em espanhol e em português. Ele é realizado de forma totalmente voluntária desde o primeiro número publicado em 2003.

A equipe editorial quer agradecer as pessoas voluntárias seguintes pelo seu engajamento na tradução e na revisão:

Michel Colin (Brasil)

Paula Garuz Naval (Irlanda)

Évéline Poirier (Canadá)

Brunilda Rafael (França)

Além disto, gostaríamos de agradecer o Policy Research Institute for the Civil Sector (PRICS) do Seikatsu Club no Japão pela tradução para o japonês.

Os boletins estão na internet em dois endereços.

http://developpementlocal.blogspot.com/


 

Entrar em contato conosco (para informações, novas assinaturas e cancelamento de assinaturas)

Yvon Poirier ypoirier@videotron.ca

 

 

 

 

 

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