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01/05/2011

BOLETIM INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL
Boletim informativo # 78
1º de maio de 2011

Sumário

RELEASE - RIPESS
FIESS – Programação e inscrição


Mensagem da equipe editorial
O encontro dos membros do Conselho de Administração da RIPESS (Rede Intercontinental para a Promoção da economia social e solidária) em Paris, de 28 a 31 de março de 2011, constitui a principal informação deste boletim n° 78. Era a primeira vez, desde 2008, que a quase totalidade de seus membros podiam se reunir por um período de tempo bastante longo, para ter o tempo de informar-se sobre a atividade de uns e outros e de debater a fundo, conceitos e desafios. Este encontro foi possível graças ao convite da Fundação para o Progresso do Homem em parceria com a coordenação da RIPESS; esta coordenação é assegurada por Nancy Neamtan do Chantier de l’Économie Sociale do Quebec. É um acontecimento, um ponto de chegada e um ponto de partida para o movimento da economia solidária. Os grandes temas foram reexaminados, o que levou a verificar que valores comuns são partilhados. Uma base consensual sobre o projeto coletivo dos dois próximos anos é assumida por uma equipe realmente internacional, que assumiu certas práticas e está presente em todos os continentes. Um processo de trabalho se inicia com um calendário comum, construindo a agenda internacional cidadã. O Comunicado de 6 de abril, que reproduzimos abaixo, define as primeiras metas.

Para os três, é um momento muito feliz já que nosso longo companheirismo nos permitiu partilhar intensamente durante a parte não estatutária do encontro. É também um encorajamento para continuar nosso trabalho de informação das iniciativas das comunidades e das localidades, mas também dos acontecimentos e da vida das redes com as quais estamos articulados em todo o mundo. A construção da reciprocidade e a prova pelo exemplo das práticas são engajadas, bem como a organização das solidariedades em novas escalas e novas formas. A abordagem integra melhor a perspectiva de interligar o global e o local para fundar de novo a economia, partindo de nossos territórios respectivos. De fato, o global se encontra no local. É concreto, mas não menos complexo para instalar democraticamente complementaridades e cooperações nas práticas locais, nas disposições gerais, nas regulações e nos comportamentos... Os desafios são imensos para transições pacíficas em direção a novos horizontes de desenvolvimento, para reduzir as desigualdades, estancar a pilhagem dos recursos naturais, sair do nuclear, fazer aceitar a noção de decrescimento em lugar da de crescimento. Como passar da situação atual àquela de um planeta viável para todos?

Dois pedidos, expressados durante o encontro, recorrem à dimensão alternativa revisitada estas últimas décadas pela economia solidária. Membros da RIPESS, cujos países de sua região conhecem atualmente revoltas populares contra as ditaduras, perguntam-se como fazer progredir a cultura democrática de suas sociedades. Aprendizagens coletivas existem em nossas redes, mas a declinação para esta escala está para ser inventada, o que se constitui em verdadeiro desafio para a cidadania e a paz mundial. Um pedido provém de nossos amigos japoneses que sofrem as consequências de decisões que eles não quiseram: pedem-nos para abrir o debate sobre a energia nuclear, cujas catástrofes são destruidoras da vida naquilo que ela tem de mais fundamental. Para a eficácia dos socorros, a organização das solidariedades, em um primeiro momento, é local, mas no meio e longo prazo, eles desejam que se abra o debate que poderá definir o mundo que queremos. Pensando em nossos descendentes. Sem um verdadeiro debate de fundo sobre o futuro que desejamos, como validar um consenso bastante sólido para ter sustentabilidade? Se não fizermos isto, com a experiência e os resultados já obtidos, quem o fará?

O Boletim quer contribuir para estas perspectivas conservando sua clara linha editorial: a autonomia, partir da base, a medida modesta de um engajamento voluntário, ao serviço da difusão das respostas concretas e das convergências coletivas para ganhar influência e capacidade de afirmação. Nós temos a convicção que as abordagens alternativas são hoje mais realistas e mais oportunas que a irresponsabilidade acelerada pelo seu próprio movimento que reina nas cúpulas e que nos levou ao desastre. Sempre demos uma grande importância, desde o início de nosso boletim em 2003, à construção das solidariedades, além das culturas e das línguas. É o motivo pelo qual publicamos este boletim em quatro línguas, pois há ainda muito poucos intercâmbios de conhecimentos e relações horizontais de ajuda mútua entre habitantes, lá onde eles vivem, com aqueles que, em outros países, outras línguas, em outras escalas, buscam construir e fazer conhecer novas formas de organização solidária, para sair do modelo atual de sociedade.
Por isso, como leitores assinantes, expressem seu ponto de vista sobre: a pertinência, os conteúdos e a alargamento do impacto do boletim... para que juntos possamos fazer progredir estes objetivos no difícil momento atual. E para comunicar relatos de experiências em suas respectivas regiões do mundo.

Equipe Editorial
Judith Hitchman
Yvon Poirier
Martine Theveniaut

Participantes et intérpretes no encontro de Paris





Sentados: Jean-François Aubin (Canadá), Françoise Wautiez (França), Emily Kawano (Estados Unidos), Judith Hitchman (Irlanda), Martine Theveniaut (França)¸Alejandra Garcia Paton (França), Nancy Neamtan (Canadá), Yves Tixier (França) Em pé: Madani Koumaré (Mali), Ana Leighton (Chile), Christine Gent (Reino Unido), Noureddine El Harrak (Marrocos), Daniel Tygel (Brasil), Ben Quiñones (Filipinas), Carlos Amorìn (Uruguai), Éric Lavillunière (Luxemburgo). Denison Jayasooria (Malásia), William Elie (França), Yvon Poirier (Canadá), Sunil Chitrakar (Nepal)


Comunicado do RIPESS
Paris, 6 de abril de 2011

O Conselho de administração da RIPESS (Rede Intercontinental para a Promoção da economia social e solidária), reunido em Paris, de 28 a 31 de março de 2011, tomou nota dos avanços significativos do movimento da economia social e solidária em todos os continentes e confirmou sua determinação para continuar e reforçar seu trabalho de promoção da economia social e solidária como resposta à crise que nosso país atravessa!
A RIPESS, que se apoia antes de tudo sobre as dinâmicas de cinco redes continentais, agrupa milhares de organizações e de empresas de economia social e solidária. O Conselho tirou partido de um encontro de quatro dias em Paris para declarar que mais do que nunca a economia social e solidária (ESS) é uma alternativa necessária ao modelo dominante de desenvolvimento que continua a gerar pobreza e exclusão e que levou o nosso planeta a uma crise ambiental aguda.

Este encontro permitiu observar o fato de que as redes continentais se consolidam na África, na Europa, na América latina e no Caribe, na Ásia bem como na América do norte. O Conselho definiu uma estratégia para facilitar as comunicações e prosseguir o trabalho de construção de redes continentais sólidas.

Os representantes de diferentes continentes chamaram a atenção do Conselho para situações que exigem um apoio imediato e uma reflexão de maior alcance. As revoltas dos povos árabes levantam a questão do caminho a seguir e da estratégia econômica que deve prevalecer para responder às aspirações expressadas por estes levantes populares. Além da solidariedade imediata e concreta que devemos expressar a nossos irmãos e irmãs japoneses, como responder às questões levantadas por esta catástrofe nuclear se as relacionarmos com nosso modelo de desenvolvimento?
Finalmente, a repressão em curso contra os movimentos populares no Honduras nos lembra que o desenvolvimento social e solidário deve caminhar de mãos dadas com o respeito aos direitos humanos e com o exercício da democracia.
Durante os próximos meses, o Conselho da RIPESS decidiu tirar proveito de vários eventos internacionais para prosseguir seu trabalho de promoção, concertação e de propostas para a economia social e solidária. O próximo encontro será o Fórum internacional da economia social e solidária (FIESS), que acontecerá em Montreal, Canadá, de 17 a 20 de outubro de 2011. Este encontro será uma oportunidade para refletir juntos, poderes públicos e sociedade civil, sobre as políticas necessárias para o desenvolvimento da economia social e solidária. O encontro Asian Solidarity Economy Forum, que acontecerá em novembro de 2011, em Kuala Lumpur, permitirá a representantes de vários países asiáticos adotarem uma estratégia comum para o desenvolvimento da economia social e solidária na Ásia. Em 2012, será na Tunísia que a Rede africana se encontrará para consolidar uma ESS com características africanas. Finalmente, convidado pela RIPESS da América latina e Caribe (RIPESS-LAC), a RIPESS marcou um encontro no Rio de Janeiro, no âmbito de Rio + 20, para ampliar a contribuição da economia social e solidária em um movimento mais largo para um desenvolvimento mais humano, mais sustentável e mais justo.

Em último lugar, o encontro da RIPESS em Paris permitiu constatar que, em que pese a realidades muito diversas, os atores da economia social e solidária em toda parte no planeta partilham uma visão e valores comuns. Eles entendem continuar a aprofundar as partilhas para melhor articular e, sobretudo, construir esta economia social e solidária que coloca o humano e o futuro de nosso planeta no cerne de suas preocupações.

Para mais informações:
Maude Brossard
Chantier de l’économie sociale –Canadá-América do Norte
maude.brossard@chantier.qc.ca

FIESS – Programação e inscrição

Prezados (as) colegas, colaboradores (as), parceiros (as) e amigos (as),
É com muito prazer e entusiasmo que nós lhes anunciamos a apresentação em linha da Programação e a abertura das Inscrições para o Fórum Internacional da economia solidária (FIESS) que acontecerá em Montreal de 17 a 20 de outubro de 2011.
Todas as inscrições para este evento serão realizadas no site Internet www.fiess2011.org. No momento de sua inscrição, você poderá reservar um hotel para sua estadia e inscrever-se em uma das atividades organizadas em torno do FIESS, entre outras, visitas de campo em empresas de economia social.
No site, você encontrará também informação detalhada sobre as atividades e as apresentações programadas durante o FIESS, informações práticas sobre Montreal e o Palácio dos Congressos onde acontecerá o fórum e uma seção FAQ para responder a eventuais perguntas.
Será um grande prazer receber todos vocês em outubro!
Le Chantier de l’économie sociale
forum.international2011@chantier.qc.ca


Nossos boletins estão disponíveis na Internet:
http://developpementlocal.blogspot.com/
www.apreis.org/

Agradecimentos:
Paula Garuz Naval (Irlanda) para o espanhol
Michel Colin (Brasil) para o português
Judith Hitchman (França) para o inglês
Évéline Poirier (Canadá) para a revisão dos textos em francês e inglês

Entrar em contato conosco (para informações, novas assinaturas e cancelamento de assinaturas)
Yvon Poirier ypoirier@videotron.ca

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