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01/10/2009

Boletim Internacional de Desenvolvimento Local Sustentável
Boletim Informativo # 62
1 º de outubro de 2009


Sumário

Transition Towns (As cidades de Transição)
Uma rede internacional de iniciativas locais para responder ao desafio do Pico petroleiro e da mudança climática


Mensagem da equipe editorial



O artigo principal preparado por Judith está em relação direta com as informações e reflexões apresentadas nos números precedentes concernindo os efeitos duradouros da crise da energia sobre o conjunto de nossas sociedades. No número precedente, apresentamos o livro de Jeff Rubin que mostra que se a crise é global seus impactos vão se difundir até os escalões das sociedades locais, transtornando o quotidiano das pessoas.

Assim, a abordagem das Transition Towns é ao mesmo tempo muito prospectiva e concreta, pois ela prepara e acostuma à idéia de que nossas vidas quotidianas vão conhecer fortes mudanças. É preciso organizar logo a transição para comunidades capazes de viver juntas de um modo sustentável com os recursos existentes em nosso planeta. Portanto, temos muito a ganhar nos inspirando nestas pessoas que são os precursores do que está por vir.

UMA LEMBRANÇA

No número precedente, nós convidávamos vocês a nos comunicar suas próprias experiências e reflexões. Assim, relançamos nosso apelo.

Neste fórum, partimos da hipótese que somos todos, em graus diversos, atores e práticos de uma economia mais solidária, todos inseridos em um contexto territorial singular, mas vivo e intercambiando muitas questões que são comuns a todos.

No intuito de você conhecer melhor e de construir um diagnóstico comum, nós propomos a vocês de participar da forma seguinte (um texto de 1-2 páginas).
1- Apresentação: você e a sua organização: dados, missões.
2.- Quem está na origem destas iniciativas: (habitantes, sociedade civil, técnicos, ONGs, autoridades locais, etc.) acompanhado de um rápido relato das mesmas.
3.- Ensinamentos decorrentes da experiência (freios, alavancas).
4.- Questões-chaves ; pistas de ação.

ALOE http://www.forums.socioeco.org//info/atelier7-w7tf
AA4SE http:/www.aa4se.com

Equipe editorial

Judith Hitchman
Yvon Poirier
Martine Theveniaut

Transition Towns (As cidades de Transição)

Uma rede internacional de iniciativas locais para responder ao desafio do Pico petroleiro e da mudança climática


A cidade de Totnes no Reino Unido é frequentemente considerada como o berço do movimento das Cidades de Transição; mas é em Kinsale, uma pequena cidade no Oeste da Irlanda que tudo começou. Foi lá de fato que Rob Hopkins, o fundador, era então professor no Instituto de Educação Superior. Foi igualmente neste instituto que ele fundou a primeira formação no mundo em dois anos de tempo integral para a permacultura. O movimento está baseado na ideia de que o nosso planeta se encontra face à dupla ameaça do pico petrolífero e da mudança climática e que, por conseguinte, qualquer pessoa, qualquer comunidade local devem desenvolver um plano de ação para reduzir as despesas energéticas, aumentar a resiliência e a capacidade em viver de outra forma e aprender como tornar-se consumidor responsável em todas as coisas. Estas capacidades devem ser desenvolvidas e instaladas pelos próprios cidadãos.

O movimento se desenvolveu rapidamente.

Hoje, ele existe não somente Cidades de Transição, mas também Ilhas, Lugarejos, Vales e Florestas que reivindicam o título. A abordagem é amplamente implantada no mundo anglófono (ela é muito extensiva no Reino Unido, na Irlanda, nos Estados Unidos, na Austrália, na Nova Zelândia e no Canadá). Existem também algumas iniciativas na América Latina e na Europa.

Do que se trata e como isto funciona.

Os objetivos são de:
1. construir a resiliência e desenvolver a capacidade no seio da comunidade de forma a preparar a transição da dependência sobre os combustíveis fósseis e avançar para um futuro seguro e estável.
2. garantir uma alimentação fresca e local, apoiar os agricultores e produtores alimentares locais.
3. reaprender com os mais experientes como cultivar nossas hortas assim como todas as competências tradicionais.
4. desenvolver soluções coletivas para reduzir os gases de efeito estufa.
5. proteger o meio ambiente, seus ecossistemas e a biodiversidade.

Um dos objetivos chaves do movimento consiste em destacar a dimensão “local e de pequena escala” assim como a idéia de convencer as pessoas do interesse de cultivar seu próprio alimento em casa ou nos loteamentos comunitários. Não existe modelo-tipo, mas um livreto para guiar os participantes através das 12 etapas sugeridas. Cada comunidade deve se capacitar para gerar suas próprias soluções. Isto implica que a velocidade e o modo de operar de cada comunidade é-lhe próprio, variável e único. Há iniciativas que chegaram a criar moedas locais (Kenmare na Irlanda, Totnes e Lewis no Reino Unido).
Sally Sweeney, idealizadora de uma iniciativa que começou há pouco menos de um ano em Tramore, na Irlanda faz um comentário interessante: “É importante aprender a não sermos alarmistas, de maneira a poder levar a uma mudança das coisas, fazer de tal forma que as pessoas tomem consciência da gravidade da situação e criar a vontade de agir”. Nos casos de Tramore, os grupos “energia” e “alimentação” se desenvolveram rapidamente e bem, com visitas mútuas entre grupos similares em outras cidades, o que ajuda a capacitar as pessoas para agir, cria uma emulação e ajuda a manter o interesse e o entusiasmo.

A etapa da interface com as autoridades locais é crítica.

Quando a comunidade local assume seu destino, quando existe um núcleo dedicado de pessoas, eles ganham em credibilidade. O que contribui para o desenvolvimento de um círculo virtuoso, em que as autoridades locais introduzem medidas que apóiam a abordagem. Os efeitos são a capacitação dos cidadãos, uma abordagem mais engajada para o consumo responsável e o desenvolvimento local sustentável.

Autor: Judith Hitchman

Artigo original em francês e inglês

Para mais informações:
http://transitiontowns.org
http://transitionculture.org
http://www.villesentransition.net


Nossos boletins estão disponíveis na Internet:

http://developpementlocal.blogspot.com/
www.apreis.org/

Agradecimentos aos nossos tradutores:
Éveline Poirier (Canadá) para o inglês, Brunilda Rafael (França) para o espanhol e Michel Colin (Brasil) para o português.

Entrar em contato conosco (para informações, novas assinaturas ou cancelamento de assinaturas)
Yvon Poirier ypoirier@videotron.ca

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