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07/06/2009

Boletim internacional de desenvolvimento local sustentável
Boletim informativo#59
1º de junho de 2009

Sumário
Mensagem da equipe editorial

4º Encontro intercontinental do RIPEES, Globalização da solidariedade, -Fórum Lux’09, 22 ao 25 de abril em Schifflange – Luxemburgo
A contribuição da oficina 7: “Participação democrática e ancoragem territorial para uma outra economia”.

Mensagem da equipe editorial

Assim como foi anunciado em abril passado, toda a equipe editorial participava do encontro LUX’09. A nossos olhos, este encontro é um sucesso, especialmente porque vários grupos se organizam para realizar concretamente propostas formuladas pelas oficinas.
A respeito disto, nós lhes convidamos a visitar o site WWW.lux09.lu para tomar conhecimento dos resultados das treze oficinas temáticas assim como da Declaração.
Como estávamos envolvidos na organização da Oficina 7 Participação democrática e ancoragem territorial para uma outra economia, desde o começo, e como é plenamente na missão do nosso boletim, lhes comunicamos os procedimentos preparatórios à oficina, assim como os principais resultados.
No que nos diz respeito, estamos muito satisfeitos destes resultados, mesmo porque, em um grande número de outras oficinas, a noção de desenvolvimento local, que para nós é sinônima de ancoragem territorial, estava presente. Em suma, na grande maioria dos setores de atividade, de finanças solidária, de alimentação, de energia, de habitação, etc., a importância do local, da ancoragem territorial é constante.

Equipe editorial
Judith Hitchman
Yvon Poirier
Martine Theveniaut

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4º Encontro intercontinental do RIPEES, Globalização da solidariedade, -Fórum Lux’09, 22 ao 25 de abril em Schifflange – Luxemburgo

A contribuição da oficina 7: “Participação democrática e ancoragem territorial para uma outra economia”.


Consciente que o contexto atual é de uma crise profunda da democracia e do modelo de crescimento, a Associação Francesa dos Pactos Locais, apoiada pela Fundação para o Progresso do Homem (FPH), imaginou um processo de capitalização itinerante sob forma de plataforma de trabalho estendida à dimensão européia. Em dezembro de 2007 os preparativos da oficina 7 se engajam pela construção de 5 etapas regionais, recebidas por organizações participativas, ancoradas em seus territórios, que realizaram avanços importantes sobre problemas chave de hoje:

• Em Poitou-Charentes : a participação cidadã e a instalação de 340 grupos de empregadores para responder às necessidades de criação de empregos com a fundação de um Centro de Recursos Europeus (França Joubert);
• Em Auvergne: o turismo responsável, laboratório de uma economia territorial mais solidária, harmoniosa e sustentável e ferramenta de desenvolvimento a serviço das populações dos territórios que acolhem (Alain Laurent e Jean-Claude Mairal);
• No Grande Ducado do Luxemburgo: Objetivo emprego para todos é uma rede de 820 assalariados que não podem ser transferidos e 400 atores voluntários, baseado sobre o desenvolvimento sustentável, a economia solidária e a promoção na Europa, de um 3º espaço econômico (Bem Goerens);
• Na Ile de France: o coletivo Equitess de Fontenay-sous-Bois inicia novas práticas sócio-econômicas em meio urbano contribuindo para uma vida melhor (Christine Bourdel, Françoise Hutinet, Joël Cacciaguerra);
• No Nord-Pas-de-Calais: metropolização (Lille, Courtrai, Arras et Calais, Dunkerque, Boulogne) e territórios adjacentes : Organizar a solidariedade e a economia associadas para não ser submisso seria a palavra chave deste encontro (Bruno Deffontaines e Mireille Charonnat, conselho de desenvolvimento do Pays de Saint-Omer, em presença dos países rurais da Zona Verde)

Encerrados em janeiro de 2009,os resultados mostraram graças a uma grade de leitura comum, debatida em intercâmbios “entre pares” e resultando em propostas. Eles se enriquecem e se internacionalizam entre fevereiro e abril de 2009
• Graças às fichas de ilustração produzidas antes, pelos conferencistas e outros convidados para a oficina 7, vindos do mundo inteiro : Europa, Georgia, Senegal, Burkina Fasso, Costa do Marfim, Mali, Madagascar, Quebec, Chili, Malásia e Filipinas.
• Graças à acolhida de uma delegação internacional na Aude antes do 16 a 21 de abril: Yvon Poirier e Jacques Fiset (Quebec), Denison Jayasooria (Malásia) e Ben Quiñones (Filipinas), presidente e animador da CSRSME Asia (Coalition of Socially Responsible SMEs), que assume a continuidade para 5º encontro em 2013, na Ásia.

Este processo participativo permitiu a acumulação de materiais importantes de questionamentos, de sugestões e propostas de grande riqueza (www.pactes-locaux.org).
Mas Luxemburgo 09 é somente uma etapa e uma nova partida, como testemunham as grandes linhas de conclusão da oficina 7:
85 pessoas inscritas, uma quarenta presentes no decorrer das 3 sessões:
1.- ilustrar e debater vistos dos Nortes
2.- o dia seguinte visto dos Suls
3.- para cruzar os olhares o terceiro dia e encontrar convergências entre atores, em todos os níveis de responsabilidade; propor juntos, do local para a Europa e até no internacional, respostas em matéria de regulações, organizações, cooperações e decisões.

A oficina 7 considera que a noção de ancoragem territorial é central
A gravidade da crise é uma oportunidade para rever os fundamentos da economia conectando-a com outras dimensões e isto num nível pertinente: o território, com a pessoa como ponto de partida central da análise e da ação. A visão holística é possível neste nível. Com efeito, a ancoragem territorial permite a tranversalidade (meio ambiente, social, cultura, finanças, governança, etc.) e a implicação de todos os componentes da população, sobretudo os excluídos, que devem ser incluídos em todas as políticas d’ESS. Esta abordagem é um pilar da economia social e solidária e será colocada no centro do 5º encontro do RIPESS na Ásia.
Para que esta noção seja compreendida e difundida, o procedimento de aprendizagem dos Pactos Locais é uma ferramenta apropriada. Ele concretiza a expressão “a experiência forma e toma forma. O procedimento de aprendizagem (chamado também “viagem de aprendizagem” na Ásia) contribui para a co-construção de uma visão partilhada sobre o território e a respeito do território por outro lado. Este tipo de ferramenta deve ser melhorado e adaptado.
O reforço das capacidades e a formação são indispensáveis. Os alvos: os que foram eleitos, os funcionários das municipalidades e a administração de forma geral. A participação é regra básica, mas ela deve ser facilitada indo para os mais excluídos, os que mais precisam, por uma postura de escuta e de diálogo, mais do que de dar lições. É fundamental.
A existência de facilitadores, de contadores de histórias, de animadores da vida local é importante. Assim como ferramentas eficazes como a arvore das palavras.
O conjunto permite estabelecer o laço entre democracia representativa e democracia ativa.
A articulação e a troca de experiências norte-sul é também importante. É preciso reequilibrar pelas partilhas de experiências e de saberes.
A passagem pela regulação, isto as políticas – não no sentido de “politiqueiro” – é incontornável para articular o local, o regional, o nacional, o continental e o mundial.
As propostas concretas marcam a vontade partilhada de continuar o diálogo começado para aprofundar duas questões no quadro do Fórum internacional Ásia de 2013:
• Que contribuição a dimensão territórial, cultural, ambiental, social... pode trazer para as diferentes temáticas que o Fórum pensa tratar?
• Que contribuição ... para a elaboração de projetos mundializados?

Um certo número de ações foram listadas e vão ser exploradas para serem concretizadas.
O teor destas perspectivas é apoiada e amplificada pelo discurso de conclusão de Romain Biever, diretor de INEES (Institutio Europeu para a Economia Solidária) que insiste sobre 5 pontos:

• Continuar a pesquisa fundamental para raciocinar no campo da ciência econômica;
• Continuar a pesquisa aplicada sobre as diferentes temáticas e nos projetos, pois as competências estão nos projetos;
• Valorizar os territórios numa governança democrática;
• Reforçar a articulação;
• Permitir a participação de todos os cidadãos, fazer nascer o espírito crítico, contra as palavras dogmáticas, comunicar com a mídia... É preciso combinar estes 5 pontos e fazê-los evoluir a partir dos territórios, novos motores. Somos nós que devemos concretizar esta sociedade do saber e criar centros de excelência em nossos territórios, na escala internacional.


Artigo de Martine Theveniaut

Nossos boletins estão disponíveis na Internet:
http://developpementlocal.blogspot.com/
www.apreis.org/

Agradecimentos a nossos tradutores:

Éveline Poirier (Canadá) para o inglês, Brunilda Rafael (França) para o espanhol e Michel Colin (Brasil) para o português.

Para entrar em contato conosco (para informações, novas assinaturas ou cancelamento de assinaturas)
Yvon Poirier ypoirier@videotron.ca

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